quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O ano em que comecei a conhecer Clarice Lispector

1977. Clarice Lispector dava sua última entrevista a Afonso Romano na TV Cultura. Se eu a conhecia, na época, era apenas de citação, sequer conhecia a sua obra. "Não há homem ou mulher que não tenha se surpreendido ao se olhar no espelho". Uma das muitas frases de Clarice que provoca impacto, que quando a gente se detém sobre o sentido pujante, a gente se assusta, se descobre e redecobre-se de outra maneira. Esse ano -2007- para mim foi especial na redescoberta de autores fantásticos . Dentre eles Guimarães Rosa, de quem já falei ,e agora de Clarice Lispector de quem faço questão de registrar nos meus escritos , visto que seus contos muito me impressionaram e fizeram pensar e perceber um mundo interior que faz parte de muitas vidas e que ela tão bem sabe dizer. Ler a sua obra é como abrir a porta de um local desconhecido, mas onde encontramos objetos pessoais dispostos de forma desordenada . Clarice fala através de seus personagens, como se falasse de si , de você, de mim. É ao mesmo tempo assustador e pertubador. É se ver diante do seu próprio retrato se reconhecenho nas expressões das faces, mas escondida atrás de um véu. Clarice desperta sentimentos antagônicos de paixão, de indagações, de busca e de encontro , através de sentimentos que seus personagens invocam durante a narrativa dos seus contos. Clarice Lispector é essencialmente a escritora que melhor consegue explorar o paradoxo do ser, na sua essència de ser, sem saber.Começo a conhecer Clarice...

Somos quem somos porque queremos.

É sério! A gente tem a chance de sonhar os sonhos que a gente quer. Daí a realizá-los é uma questão pessoal de luta, discernimento e vontade de vencer!

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BH, MG, Brazil
Sou na luta pela vida, alguém que não desconhece seus iguais. Sonha com a pureza de realizar algo que consiga sensibilizar o rude de coração e convencer o incrédulo que o amor existe se a gente deixar de amar só a nós mesmos.