LER O TEXTO: DEMOCRACIA É LIBERDADE
Então ... Que orgulho sinto eu , ao ter chegado a esta constatação após muita leitura. Estou amando o meu curso de direito por ter ampliado a minha visão cosmopolista deste mundo. Se somos quem somos é porque o passado nos acompanha. Vocês terão uma tênue percepção desta minha teoria se acomnpanharem o meu raciocínio - é porque já fomos algo indeterminado de nós mesmos neste mundo. Se a história inóspita e cruel se repete - é porque nós nos permitimos que isto ocorra. Se vimos os erros dos nossos pais e não nos preocupamos em corrigi-los em nós mesmos, é porque - de alguma forma - inconsciente , ou não, - estamos tentando nos garantir. Ou seja: não vamos nos transmudar em paladinos da justiça. Ainda mais nós brasileiros - todos - descendentes de/ou, índios , escravos, portugueses, estrangeiros (são os que não são portugueses, que tiveram filhos com as "prostitutas", as outras que não eram... Eram as "prostitutas de luxo". Não trabalhavam, viviam às custas do que o marido lhes davam, para manter a casa em ordem, terem filhos e zelassem, para que principalmente as filhas arranjassem homens bons e honestos que lhes garantissem a condição de casamento perante a sociedade. A história se repete. Infame como sempre. Como diria minha irmã Marilda , que mora em Portugal e acompanha a crise financeira daquele país, relegado ao último grau na economia mundial: "O que vale é o vil metal".
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DEMOCRACIA É LIBERDADE
*Márcia Cesar
"Nossa constituição é chamada de democracia
porque o poder está nas mãos, não de uma minoria mas, de todo o povo.Quando se
trata de resolver questões privadas, todos são iguais perante a lei, quando se
trata de colocar uma pessoa diante de outra em posição de responsabilidade
pública, o que vale não é o fato de pertencer a determinada classe, mas a
competência real que o homem possui." (Extraído de: BRAICK, Patrícia Ramos e
MOTA, Myriam Becho.História, das cavernas ao Terceiro Milênio).
Uma releitura deste trecho do discurso de
Péricles, que governou Atenas de 461 a 429 a.C., me leva a perceber que trata-se
de uma fala atemporal. Não fossem as referências, e poderia identificá-lo como
discurso de dirigentes do nosso século. Haja vista, os proferidos por Hugo
Chaves, recentemente eleito para presidente da Venezuela. Em todos os tempos o
poder ressaltado como sendo "de todo o povo", paradoxalmente continua sendo de
uma mesma minoria de ricos, influentes e poderosos. Com um olhar mais critico
face aos fatos históricos antigos em contraponto aos acontecimentos recentes do
país e do mundo, tenho uma percepção insólita e incômoda de uma sensação "déjà
vu". Na realidade é por este paradigma de democracia grega, que se vem pautando
os governantes através dos tempos.
À uma verdadeira democracia, se exige a
representatividade e a participação de todos os segmentos da sociedade. O
diálogo deve existir e exigir, das partes, responsabilidade e comprometimento.
Não deve se contentar em ser apenas um discurso político mas, que privilegie o
bem estar físico, mental, socio e cultural de todos. A competência real da
pessoa ultrapassa a questão do ter, para fazer do ser, aquele que respira e tem
percepção do que significa liberdade.
Caso contrário, a distância entre a
democracia grega e a atual somente corroborará meu pensamento. Estaremos sempre
lutando para a conquista de uma democracia que não se coaduna com o princípio
que realmente torna os homens iguais: liberdade. Foi assim na luta contra a
ditadura. Enquanto transformada em música produzia encantamento, tortura e
exílio mas, ao alcançar o poder se tornou, entre outros, e, o mais recente,
alvo de julgamento com o nome de ação penal 470. Está sendo assim na Grécia,
dentro de um regime que se diz democrático, onde a submissão do governo aos
ditames da Troika atira o país a um drama social sem precedentes na história
recente daquela nação. O que se observa, mais uma vez, é o poder dos que detêem
a riqueza, sejam países, ou sejam homens, sendo uma minoria, que consegue
seduzir o povo através do mesmo discurso demagógico, que costuma anestesiar, ou
que apresenta pressupostos que visam apenas resguardar seus interesses
capitalistas.
Se às novas gerações não forem dadas as
possibilidades decorrentes da busca da liberdade utópica, que enseja luta pelo
direito a valores morais e verdadeiros, uma visão holística do ser, em
contrapartida a esta visão mecanicista,que corrompe os homens - nada terá sido
mudado. Se nada for feito, para a busca por uma democracia que contemple os
verdadeiros parâmetros de igualdade e liberdade para todos - evocada em seu
conceito desde à Grécia antiga - apenas só se terá passado o tempo.
* Estudante de Direito da Famig